[ NOVOS RUMOS ] - Um mundo pandêmico e suas transformações. E eu com isso?


É uma pergunta despropositada não se incluir no processo de mudança do mundo. Vivemos nele. Se o mundo muda, a gente muda também.
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Sinceramente? Discordo.
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Nosso mundo interior é alheios a mudanças, a não ser que assim o quisermos. O negacionismo está aí, duvidando da circunferência da terra, da eficácia da vacina, da letalidade de um vírus. A mudança ocorre por vontade própria, ou pelo menos assim acreditamos.
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Eu mesmo acreditei nessa mudança. Não do mundo. As coisas devem continuar como estão, claro, aperfeiçoadas ao momento. Quando o tempo está frio, vestimos casaco; quando está quente usamos roupas mais leves para enfrentar o calor. Mas a essência (seu corpo) está ali. Feita. Imutável.Ou em transformação. Mas completa,ou até incompleta (está com o coração partido? sentido falta de alguém?) inquestionavelmente acabada, impar, única.
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A mudança que eu acreditei, é de como encarar o mercado, o design de interiores, a arquitetura de varejo, as cidades e o comércio em si. Hoje, acredito, que deve-se entender como surgem as cidades, qual a sua dinâmica econômica, como elas se mantém e se desenvolvem. Tendo em vista essas informações, percebendo claro, o DNA da população (a dinâmica das suas relações, sua sociologia) se torna mais eficaz a criação e seu planejamento.
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Então não vejo tanto sentido o estudo isolado de uma loja. É preciso abarcar todos os conhecimentos correlatos. A vocação de um povo interfere decisivamente na cor que deve-se usar o interior na loja e na comunicação empregada. A percepção de valor das pessoas influi drasticamente no preço empregado nos produtos/serviços vendidos e a localização geográfica dessa loja/sede/afins (diminuir custos em relação da logística, aproximação com o público alvo, percepção de valor do bairro que está inserido, etc).
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Compreende como tudo é correlato?
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Mas o que isso tem a ver com as (possíveis) transformações do mundo, a pandemia e eu (no caso você que está lendo...eu sou você agora...saca? quebra da quarta parede, entende? É isso aí..)?
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Desejo que as coisas mudem, mas sem nossa própria mudança, nada vai mudar.

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Tudo.
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Hoje, não questionamos ou reavaliamos a égide que sustenta conceito/formação das cidades, seus planos geográficos, legislativos, econômicos, sociais (esse quesito, assumo...existe um amplo debate; diminuto, em tom de mea-culpa dos mais ricos, mas está)...as cidades estão como estão...do mesmo jeitinho...(claro, todos preocupados com a pandemia), mas ocorrendo uma mudança profunda e estrutural é preciso reavaliar a ideia de mudança ou pelo menos um movimento involuntário, natural das coisas em qualquer direção que seja, o que não está acontecendo. Pelo contrário, as transformações, antes paulatinas, estão em ritmo mais acelerado, sedimentando-se (educação remota é a mais importante).
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Então, até depositar suas ultimas esperanças nos arautos do novo mundo, da transformação impossível das coisas, questione quais movimentos reais estão existindo para tais mudanças.
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E você com isso? Observe mais ao seu redor, analise suas ações futuras e fique em casa. Se puder, claro.
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