[ ANÁLISE EM VENDAS ] - Online + Offline = Compras

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Me perdoe pelo spoiler logo assim de cara no título, mas essa é a verdade. Quanto mais o empreendedor otimizar as qualidades do mundo online da comodidade, onipresença, multi-praça (local, nacional ou internacional), prateleiras virtuais "infinitas" em seu negócio real, melhor preparado estará no mercado.
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Bacana. Devemos implementar essas mudanças já. Pra ontem. Mas, como?
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"Esse site será a solução dos meus problemas"

Primeiramente, entendendo os mercados:
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Varejo tradicional
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Segundo o IBGE, em 2017 o varejo cresceu 2%. Essa alta ocorreu pela deflação de preços dos produtos, com inflação+juros baixos e a crescente do setor de eletrodomésticos, que teve alta de 9,5%.
No entanto, essa alta é insuficiência para rechaçar as perdas dos anos anteriores, que registraram queda em 2015 (-4,3%) e 2016 (-6,2%). Não vou me aprofundar aqui porque conhecemos muito bem o varejo tradicional. Não quero perder seu tempo, nem o meu.
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E-commerce
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O mercado on-line (e-commerce) corresponde apenas 4% das vendas do varejo no Brasil (EBit, 2016), com otimista projeção de 12,4% em 2021 pela Google. Em valores, o faturamento do e-commerce é de R$47,7 bi em 2017, elevado 7,5% em comparação ao ano anterior (EBit), com 50,3 milhões de compras, nas quais 23,7% foram realizados em smartphones e tablets, com o ticket médio de R$429,00 (EBit)
As categorias de produtos mais comprados são moda e acessórios (14,2%), saúde, cosméticos e perfume (12%), eletrodomésticos (10%), casa de decoração (10%), telefones celulares (9,2%), livros, assinaturas e apostilas (8,3%), esporte e lazer (6,4%), Informática (4,5%), alimentos e bebidas (4%), eletrônicos (3,6%)(Ebit).
Principal motivador das compras é a comodidade.
Principal impulsionador são as buscas no Google, já que 52% são originadas deste canal.
Os horários de maior tráfego são das 8h as 9h pela manhã; das 12h as 13h a tarde; e de 19h as 23h a noite.
O maior movimento fica entre maio e novembro.
As principais datas são o Black Friday, Dia das mães, dia das crianças e dia dos pais.
São 55 milhões de consumidores (Webshoppers).
Perfil do comprador é majoritariamente feminino (50,6% pelo EBit).
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A Internet
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A internet hoje está presente em 70% dos domicílios (2017), com 116 milhões de pessoas conectadas (2016) tendo 18 a 24 anos (85%), destes a maioria mulheres (65,5%). Os idosos conectados são apenas 25%.
A maioria acessa a internet por meio do celular (69%).
94,6% usam aplicativos;
94,2% trocam mensagens, sendo esta a principal ação das pessoas na rede. Em segundo lugar assistem vídeos e filmes. Dados do IBGE.
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Volume grande de estatística, né? Eu sei...mas é por uma boa causa: demonstrar que o varejo "tradicional" deve se aperfeiçoar e fundir-se com o e-commerce, ganhando em duas frentes distintas: entrando num mercado promissor, crescente e relativamente inexplorado.
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Gigantes do Varejo tradicional estão investindo pesadamente no on-line e colhendo resultados expressivos, como a Magazine Luiza, com um terço do seu faturamento advindo das plataformas digitais, crescendo muito mais que os demais players do setor.
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Gigantes do E-commerce percebendo a importância do ambiente físico estão traçando estratégias que contemplem pontos de recebimento de produtos, (boa e velha loja física) como a Amazon, que recentemente adquiriu uma cadeia de lojas com produtos orgânicos e lançou sua primeira loja física, a Amazon Go.
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O ponto físico (que pode ser um container, uma loja, uma pop up store ou uma barraquina) tem características únicas como a proximidade, maior agilidade na tomada de decisão, a presença do proprietário, atendimento personalizado, contato real com o cliente, exposição real do produto e entrega imediata, que as fazem únicas.
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"Fundindo a loja ao site"

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E as mudanças? Como implementar?
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É observar seu público alvo e analisar suas necessidades, alinhando às ferramentas virtuais. Obvio? Nem sempre. Seu negócio tem um uma loja virtual? Seu negócio, no espaço físico ao qual está inserido, possuem Q Code referente aos produtos? Seu negócio tem um canal direto via aplicativo (próprio ou o simples Whats app) para contato com o cliente? Seu funcionário é mais um consultor na compra ou um vendedor ávido a bater metas?
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É de se pensar.
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A prática de sempre tangibilizando os limites do mundo on-line e o off-line, testando soluções, até chegar a medidas eficazes e duradoura, transformando o espaço do seu negócio num lugar de compra e não venda, deve ser uma constante.
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Não entendeu? Deixa que explico: o espaço de compra é encontrado por seu cliente. Ele que toma a iniciativa das ações; facilite essas ações e prospere...o espaço de venda geralmente é um lugar não tão agradável onde o vendedor, uma pessoa simpática e atenciosa, está ali focado apenas em te empurrar cada vez mais produtos. Qual desses ambientes gera mais comentários? Qual merece compartilhamentos?
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Abraços, até a próxima quinta.



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